Hoje apetece-me filosofar sobre a complexidade do universo feminino.
Já ouvi dizer muitas vezes da parte dos homens que a mulher é um bicho estranho e difícil de entender, afinal “como é que nós homens as podemos entender se elas próprias não se entendem umas as outras”.. ou seja, não existe pior inimiga para uma mulher do que outra mulher.
Esta afirmação é certa, porque não existe pior inimiga de uma mulher do que ela própria. Porque isto ninguém duvida, há mulheres misóginas, ou seja existem muitíssimas mulheres que (odeiam ) as suas semelhantes ,tanto por ciúme, como por inveja ou medo. Quem é que não conhece alguma mulher, por exemplo..secretaria que só a duras penas trabalha sobre as ordens de outra mulher executiva ou seja lá o que for..
Ou uma dessas mulheres que afirma orgulhosamente ter muitos amigos mas todos homens porque as mulheres são falsas… ou ainda a outra que mostra uma antipatia imediata em relação a qualquer mulher que domine um determinado assunto, já para não falar do odiozinho de estimação que sente por todas as mulheres bonitas que se atravessem no seu caminho… se não tem inventam uma serie de “defeitos” para menosprezar o que a outra têm de melhor.
Existem mulheres que desconfiam do próprio sexo e até o demitem… segredos só contam aos homens e acham-nos muito mais leais e competentes. Há mulheres que não tem de todo consciência da sua postura.
Por outro lado temos uma intimidada entre nós quase( gay) fazemos aquilo que o gajo mais mulherengo ou fanático não tem capacidade..e reparamos no que eles nunca reparariam. Numa fracção se segundos conseguimos tirar uma autentica radiografia de outra mulher ao mínimo detalhe…basta um breve olhar e controlamos tudo… do cabelo à pontinha do pé… mamas ,rabo, se tem ou não celulite maquilhagem ,acessórios roupa e calçado, isto tudo enquanto o diabo esfrega um olho… e temos um poder de critica que não lembra ninguém..
É normalíssimos duas ou mais mulheres irem juntas á casa de banho, diria até que é da praxe.. e se por ventura uma diz que tem uma lingerie nova, giríssima a outra não tem qualquer tipo de problema em pedir para ver e até tocar… é perfeitamente normal tocar apalpar outra mulher se esta diz: não achas que tenho aqui um pouco de celulite..?
E entre amigas, tocamo-nos , beijamo-nos, agarramo-nos, com naturalidade ,é ou não é?
Mas temos o dom de sermos umas verdadeiras cabras… Somos vingativas e mesquinhas quem nos faz uma paga-a com juros.
E não, não pensem que nos virámos e demos em machistas ou que ficámos doidas de vez! Só pouco solidárias umas com as outras.
Duas amigas passeiam-se no centro comercial e cruzamo-nos com uma terceira que diz:
- Gostam do vestido que comprei agora mesmo?
Nenhuma têm tomates para dizer que não… claro que sim é bonito … não faz o meu género mas acho que a ti te deve ficar lindamente… têm tudo a ver contigo….e quando ela vira costas viram-se uma para a outra e quase que dizem em simultâneo:
- Foda-se, viste o vestido horroroso que aquela gaja comprou? E o corte e costura começa..
As gajas comem-se mesmo com os olhos… as botas as malas o vestido ou as calças… se gostam cortam na casaca , se não gostam, cortam na mesma.
A mulher detesta encontrar outra mulher vestida de igual e até dizem que nos vestimos para as outras mulheres e não para os homens.. será verdade??
Dentro desta dualidade que temos entre nós quase um amor ódio o mais evidente é quando mete sexo e homens…
Uma grande maioria das mulheres tem a capacidade de relevar a “culpa “ do homem que atribui exclusivamente à outra mulher…
A culpa da infidelidade do seu homem é invariavelmente atribuída à outra… ( que se deita com ele) como se o homem não tivesse capacidade de escolha… e a mulher fosse um ser demoníaco e tentador que o abrigou a agir contra os seu próprios desejos.
Nunca existe “essa outra mulher que o roubou” ninguém rouba ninguém.. primeiro porque cada um de nós pertence a si próprio.. segundo porque as praticas sexuais correspondem sempre a uma escolha pessoal.
A melhor amiga e a pior inimiga da mulher é ela própria.. porque ao fim e ao cabo isto é nem mais nem menos que uma competição estúpida.
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