Era um dia normal como outro qualquer
Um edifício sofisticado...
Ela impecavelmente vestida e arrumada ar de executiva...
Ele caminha para o elevador já a afrouxar o nó da gravata
Cruzam-se na porta e ele dá-lhe passagem
-Para o zero ?
-Para o zero!
Um solavanco e o elevador encrava exactamente um andar a cima do destino entre dois pisos, por segundos ficam em total escuridão, até se acende uma luz possivelmente de gerador
Tocam o alarme e batem na porta . Alguém do lado lhe fora diz que foi uma falha de corrente que aguardem 45 minutos a uma hora no máximo
Ela (com ar enfadado) Bom, só nos resta esperar, e logo hoje …
Ele– (polidamente) há dias assim… pode ser que não demore
Ela – (abrindo os dois botões da camisa) detesto espaços fechados, acelera-me a respiração e tira-me o ar!
Ele- ( sorri de leve) Isso é fobia, você está bem?
Ela –( com segurança ,abana-se com a gola da camisa já aberta) Claro que sim, uma hora aqui de pé não vou aguentar, acho que me vou sentar .. não se importa?
Ele-( muito educado) Claro, vou fazer o mesmo, posso? hoje foi um dia e tanto…, espero que saiba ou goste de anedotas...
Ela-( decidida) enquanto se baixava para se sentar - Detesto anedotas, não acho a mínima graça. Raios , hoje não é o meu dia… veja , já puxei uma malha da meia...
Ele, (diplomaticamente) faz um esforço para não rir e não lhe olhar para o corpo e pensou “mulheres, todas iguais”- É o preço da moda mas não se nota muito, continuam elegantes...
Ela–( com ar atrevido) sentada de lado, com um descaramento teatral - Está a falar das meias ou das pernas ???
Ele - (com uma lata inesperada )- Ambas, são….elegantes, umas sem as outras não fazem sentido...
Ela -(provocadora) - Estas pernas já não têm 20 anos, não exagere, a elegância será com certeza das meias...
Ele- (já sem o mínimo , embaraço) - Ainda bem que não têm 20 anos, deve orgulhar-se disso e muito...
Ela- (desarmando-o )Estende a perna com um atrevimento sensual - Se pudesse toca-las talvez não continuasse a dizer a mesma coisa?
Ele- (engole em seco, olha-a nos olhos) - Não faço a mínima ideia, como quer que responda a essa questão? Só tocando..
Desce a mão ma direcção da perna dela, as luzes acendem-se e abre-se a porta.. E… sente o maior estalo de que têm memoria..
Ela- ( levantando-se ajeita a saia)- Homens… todos iguais!!
Ainda com a mão sobre o rosto, (ele) olhava abismado para aquela mulher que seguia pelo átrio do edifico a pisar firme e segura de si..
(Ele) Incrédulo,não quer acreditar no que está a ver… (Ela) voltou-se piscou-lhe o olho com ar maroto e deu-lhe um sorriso arrasador.
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